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VISÃO E SÍNDROME DE DOWN. A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES E USO DOS ÓCULOS.

 

dudu oftalmologista

A visão é o sentido mais importante para qualquer um, ela fornece mais de 90% das informações do mundo exterior.
Existem várias mudanças na visão  que aparecem mais frequentemente nas pessoas com down.

As pessoas  com síndrome de Down têm maior probabilidade de a apresentar problemas de visão. De acordo com Guia Oftalmológico de Síndrome de Down, divulgado pelo Centro Médico Down da Fundação Catalana Síndrome de Down, dos transtornos de motilidade ocular, quase metade das crianças nessas condições apresenta algum tipo de estrabismo. Observa-se que até 50% das crianças demonstram dificuldade para ver de longe, outras 20% para ver de perto, algumas têm os canais lacrimais obstruídos, outras desenvolvem inflamações das margens das pálpebras (blefarite) e também apresentam nistagmo, que são oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos. “Aproximadamente 80% dos casos de torcicolo na Síndrome de Down se devem a uma causa oftálmica identificável, como o nistagma e estrabismo, por exemplo. Se tratados podem solucionar ou ao menos melhorar o quadro”, afirma a oftalmologista Regina Hitomi Sakamoto, médica Referência de Oftalmopediatria, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).

Hoje levamos o Dudu para sua consulta anual e por isso gostaríamos de falar sobre o assunto.

IMPORTÂNCIA DAS CONSULTAS REGULARES

 

dudu oftalmo 2

Outras doenças bastante comuns as Síndrome Down são o ceratocone – que se manifesta por um astigmatismo elevado ou por uma diminuição da acuidade visual – e a catarata. Quando detectada no recém-nascido, a chamada catarata congênita, em geral compromete seriamente a visão e requer tratamento cirúrgico, em curto prazo. Cerca de 3% dos bebês com Down apresentam esse problema. Por isso, indicamos que a primeira consulta oftalmológica deve se realizar durante os três primeiros meses de vida e as avaliações de acuidade visual devem se repetir aos 6 e 12 meses e, depois, anualmente.

Essas condições podem prejudicar o foco e dificultar a percepção de profundidade e, consequentemente, atrapalham o desenvolvimento das crianças com Down, pois é sabido que elas aprendem mais facilmente com informações visuais. Quanto antes for diagnosticado e tratada qualquer deficiência visual, melhor será a qualidade de vida desse indivíduo, .

Outro ponto importante é o uso de colírio para evitar o ressacamento da visão. Não é recomendável ficar coçando o olho.

 

APRENDIZADO VISUAL NA SÍNDROME DE DOWN

Como as crianças com síndrome de Down aprendem mais facilmente com informações visuais, qualquer problema de visão pode ter um grande impacto no desenvolvimento. Recomenda-se  fazer um exame de vista pelo menos uma vez por ano, durante a vida, e o mais rapidamente possível, se seu comportamento demonstrar que a visão dele está ficando pior.

No caso do Dudu como contamos nos nossos livros, o uso de óculos ajudou muito no aprendizado, pois demoramos a perceber que ele estava com dificuldades na visão e sentava no fundo da sala. Quando fizemos o exame e falamos com a professora para ele sentar mais na frente, melhorou muito seu aproveitamento escolar..

Leia mais sobre a síndrome de down no  link

USO DOS ÓCULOS

Muitos desses problemas podem ser corrigidos com o uso de óculos. Tome cuidado para que os óculos “sirva” bem em seu rosto, principalmente sobre o nariz e atrás das orelhas. Existem armações desenhadas especialmente para quem tem síndrome de Down. Recomendamos que converse sobre isso com o oftalmologista. Vale ressaltar que encontramos resistências para o uso dos óculos e o caminho é mostrar os benefícios do uso , limpar as lentes regularmente e deixar a pessoa participar da escolha do modelo.  O uso de elástico nas hastes pode ajudar a fixar o uso. A conscientização e experimentação é importante durante todo o processo de adaptação. Ter um par de óculos reserva também é recomendável para os casos de avarias, perdas e quebras.

Fonte: http://www.sindromedown.net/wp-content/uploads/2014/09/99L_guiaoftalmologica4def.pdf

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