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Como exercitar a capacidade motora de pessoas com Síndrome de Down?

Sabemos que a capacidade motora de pessoas com Síndrome de Down é desenvolvida em um ritmo mais lento, devido a algumas particularidades em sua composição corporal.

No entanto, é possível estimular essa aptidão, quando conhecemos os obstáculos ao seu desenvolvimento e realizamos atividades que estimulem esta capacidade.

Vamos conhecer agora alguns destes obstáculos, e como podemos ajudar as pessoas com Síndrome de Down em seu desenvolvimento motor.

Obstáculos ao desenvolvimento motor de pessoas com Down

A hipotonia muscular é uma das características das pessoas com Síndrome de Down. Ela consiste em uma dificuldade no controle e recrutamento das fibras musculares que resulta em um baixo controle postural e problemas de equilíbrio.

Combinada à hipotonia muscular, a frouxidão dos ligamentos articulares dificulta o controle de movimentos mais complexos, interferindo nas capacidades de proficiência física, como a flexibilidade e a resistência muscular.

Além disso, a menor taxa de metabolismo basal, associada ao hipotireoidismo, favorece o ganho de peso nas pessoas com Down, comprometendo ainda mais a capacidade motora.

Como exercitar a capacidade motora em crianças com Down

Alguns recursos estão sendo utilizados para estimular crianças com Down, desenvolvendo a aptidão física e também as habilidades motoras. Vamos conhecê-los a seguir:

Atividades artesanais

Atividades manuais, como artesanato, reciclagem e pintura ajudam no desenvolvimento motor fino das pessoas com Down, melhorando também sua coordenação, criatividade e concentração. Integrar estas atividades ao cotidiano das pessoas com Down oferece estímulos que facilitam a sua interação social, e a descoberta de novas habilidades.

Atividades físicas orientadas

A prática de exercícios físicos vem demonstrando resultados positivos no desenvolvimento motor de pessoas com Down, principalmente quando estas atividades são iniciadas já na infância, respeitando as particularidades da criança, e avançando conforme ela vai se desenvolvendo.

Atividades lúdicas que possibilitem o fortalecimento muscular são os mais indicados para auxiliar na melhora postural e no conhecimento do próprio corpo. Além disso, a participação em jogos de grupos também facilita o desenvolvimento social e afetivo da criança.

Fisioterapia

A fisioterapia ajuda no fortalecimento muscular das pessoas com Down. Quando as crianças com Down realizam esses exercícios desde o nascimento, desenvolvem, progressivamente, a capacidade de sustentar o pescoço, rolar, sentar-se, engatinhar e ficar em pé.

Este procedimento também é importante na fase em que a criança com Down começa a dar os primeiros passos, pois ajuda a estabelecer o equilíbrio motor, de forma ela se torne capaz de caminhar sozinha.

Só é importante destacar a necessidade de autorização do médico que acompanha a criança, pois em alguns casos, a síndrome de Down está associada a algum tipo de cardiopatia, tornando necessário primeiro o tratamento deste problema, para só então iniciar a fisioterapia.

Terapia ocupacional

Realizada quando a criança com Down já está mais crescida, a terapia ocupacional ajuda a desenvolver habilidades que ela precisa para realizar as atividades diárias, como beber no copo, comer com a colher, usar o banheiro e ainda brincar com os brinquedos que são apropriados para sua idade.

Dessa forma, a criança com Síndrome de Down aprende a se relacionar com o ambiente em que vive e sua família descobre como adaptar este ambiente para ajuda-la a se integrar e conquistar confiança.

Sabemos que para uma criança com Down, o desenvolvimento de certas capacidades é um pouco mais lento. Mas o progresso acontece, e pode ser adiantado com a realização das atividades que conhecemos neste artigo.

Além de estimular a capacidade motora de pessoas com síndrome de Down, existem outras formas de auxiliá-las em seu pleno desenvolvimento. Para conhecê-las, baixe o e-book: Guia Para Estimular Crianças Com Síndrome de Down

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Comentário (1)

  • João Lage Reply

    Por favor, posso reproduzir na revista Gente Ciente ?

    Obrigado

    João Lage
    Campinas

    16/01/2019 at 17:44

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