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Como preparar o envelhecimento seguro de pessoas com Síndrome de Down

Estima-se que a cada 800 recém-nascidos, um tenha Síndrome de Down, distúrbio genético em que ocorre a trissomia do cromossomo 21. É justo nesse cromossomo que ocorre a produção de Beta Amiloide, uma proteína que se acumula no cérebro e forma as placas presentes nos pacientes com Alzheimer.

Outra proteína produzida pelo cromossomo 21 é a SOD (enzima superóxido dismutase) que quando presente em pessoas jovens resulta no envelhecimento precoce. E, devido a terceira cópia do cromossomo 21, que pessoas com a síndrome têm maiores níveis dessas proteínas e são mais propensas ao envelhecimento precoce e ao desenvolvimento de Alzheimer e outras condições semelhantes.

Felizmente, a expectativa de vida para pessoas a síndrome, que até a década de 70 era de 30 anos, hoje em dia dobrou! O que leva-nos a pensar: como preparar o melhor envelhecimento de pessoas com Síndrome de Down possível? Separamos uma lista do que deve ser feito de imediato:

Estimule a inclusão social

A inclusão social é um fator muito importante se tratando do envelhecimento de pessoas com Síndrome de Down, pois ela é determinante para a qualidade de vida e está diretamente relacionada à longevidade.

Apesar de já terem sido dados grandes passos, ainda existem obstáculos causados pela falta de conhecimento e pelo preconceito, tornando a plena participação na escola, no trabalho e no lazer um desafio.

Por isso, o ideal é começar praticar a inclusão desde cedo para garantir um envelhecimento mais saudável. Os pais precisam compreender que o filho com Síndrome de Down deve ser tratada como qualquer outra criança, sem necessidade de superproteção. Isso estimula o potencial existente em cada indivíduo, fazendo com que seja possível e desenvolvimento e conquista da autonomia que será essencial em sua vida adulta.

Previna as principais doenças

O sistema imunológico das pessoas com Síndrome de Down é consideravelmente fraco, condição diretamente proporcional à idade. Por isso, a prevenção de doenças é fundamental para um envelhecimento de pessoas com Síndrome de Down mais saudável.

A pessoa com a síndrome, ao envelhecer, está mais propensa a enfrentar doenças que acometem pessoas na terceira idade, como problemas oftalmológicos, auditivos e cardíacos – a diferença é que pode ocorrer mais precocemente, por volta dos 40 anos. Os problemas na tireoide, miopia, catarata, obesidade e apneia do sono são os mais comuns.

Há também maior incidência de ansiedade, depressão, demência e Alzheimer, já que estima-se que a partir dos 40 anos 25% das pessoas com down já apresentem perda das funções cognitivas. Depois dos 60 anos esse índice sobe para 65%.

Por isso, o acompanhamento médico frequente é indispensável para ficar de olho e prevenir as doenças que podem surgir conforme a o envelhecimento da pessoa com a síndrome durante o passar dos anos.

Prepare uma rotina mais saudável

Todos nós, com Síndrome de Down ou não, precisamos de uma rotina adequada para garantir uma vida longa e um envelhecimento mais saudável. Isso significa que é preciso incluir a prática de exercícios físicos, alimentação e descanso adequados na rotina diária. Por isso pais, fiquem atentos desde cedo: regrar os hábitos das crianças é essencial para que cresçam com disposição, tornando-os adolescentes saudáveis e, por consequência, adultos mais bem preparados para envelhecerem

Para encontrar os melhores exercícios para pessoas com Síndrome de Down indica-se consultar um profissional para desenvolver uma rotina de exercícios adequada. No geral, são indicados exercícios que visam melhorar a postura, o equilíbrio, a resistência e a força. Além disso, a prática de esportes é recomendada desde a infância.

Quanto a alimentação, é de extrema importância contar com um cardápio saudável, nutritivo e não muito calórico, já que quem tem a síndrome de down é mais propenso à obesidade. Além disso, o cuidado com o colesterol alto causado pelo consumo de sal e gorduras também deve ser tomado, já que a síndrome também pode causar problemas cardíacos, como a hipertensão.

É fundamental compreender que cada um se desenvolve em um ritmo diferente. Porém, quanto mais a pessoa for estimulada, saudável e incluída, melhor será para a sua evolução e sua qualidade de vida, garantindo um envelhecimento saudável! Aproveite e confira também o Debate realizado no Programa Brasil das Gerais: “Quem vai cuidar dos nossos filhos com deficiência?”.

Viu como é preciso se preocupar com as questões do envelhecimento ainda que em idade pouco avançada? Você já estava atento a essas questões? Escreva pra gente suas experiências e baixe nosso e-book para esclarecer mais dúvidas sobre desenvolvimento e inclusão!

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